17/01/2010

A PORTA DO AMOR

aporta porta florida

Certo dia, a solidão bateu à porta de um grande sábio. Ele convidou-a para entrar. Pouco depois, ela saiu decepcionada. Havia descoberto que não podia capturar aquele ser bondoso, pois ele nunca estava sozinho: estava sempre acompanhado pelo amor de Deus.
De outra feita, a ilusão também bateu à porta daquele sábio. Ele, amorosamente, convidou-a a entrar em sua humilde morada. Logo depois, ela saiu correndo e gritando que estava cega. O coração do sábio era tão luminoso de amor que havia ofuscado a própria ilusão.
Em um outro dia, apareceu a tristeza. Antes mesmo que ela batesse à porta, o sábio assomou a cabeça pela janela e dirigiu-lhe um sorriso enternecedor. A tristeza recuou, disse que era engano e foi bater em alguma outra porta que não fosse tão luminosa.
A fama do sábio foi crescendo e a cada dia novos visitantes chegavam, objetivando conquistá-lo em nome da tentação.
Em um dia era o desespero, no outro a impaciência. Depois vieram a mentira, o ódio, a culpa e o engano. Pura perda de tempo: o sábio convidava todos a entrar e eles saíam decepcionados com o equilíbrio daquela alma bondosa.
Porém, um dia a morte bateu à sua porta. Ele convidou-a a entrar. Os seus discípulos esperavam que ela saísse correndo a qualquer momento, ofuscada pelo amor do mestre. Entretanto, tal não aconteceu. O tempo foi passando e nem ela nem o sábio apareciam.
Os discípulos, cheios de receio, penetraram a humilde casa e encontraram o cadáver de seu mestre estirado no chão. Começaram a chorar ao ver que o querido mestre havia partido com a morte.
Na mesma hora, adentraram na casa a ilusão, a solidão e todos os outros servos da ignorância que nunca haviam conseguido permanecer anteriormente naquele recinto. A tristeza dos discípulos havia aberto a porta e os mantinha lá dentro.
Enquanto isso, em outra dimensão, levado pela morte, o sábio instalava-se em sua nova residência. Agora, só batem em sua porta os espíritos luminosos. E, amorosamente, ele continua convidando todos os que batem a entrar. E ninguém quer sair de lá, pois agora o grande mestre "mora no coração de Deus".
- Aivanhov e Yogananda – por Wagner D. Borges

10 comentários:

  1. Oi Márcia,
    Gostei da leveza desse texto, merecemos dainte do que estamos a assistir globalmente pela mídia sobre a tragédia que acontece no Haiti. Por falar nisso dá uma passadinha no Blog da Marli que nos leva a postagens interessantes sobre a história por trás dos fatos, somente para que possamos enxergar com outros óculos e sairmos dessa condição de espectadores passivos. O endereço dela é http://blogosferamarli.blogspot.com/. A rede nos enreda e é essa a diferença dos novos tempos, que a próxima geração aproveite bastante o que não tivemos oportunidade. É a evolução! Adorei as borboletas coloquei no meu blog. Obrigada pela dica!
    Um grande abraço!
    Maria do Rocio

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  2. Márcia,
    profundo ensinamento.
    Pecebemos que tudo o que precisamos à nossa felicidade está em nós mesmos.


    Anjo do coração,
    te desejo uma semana de muita luz e alegria!!!

    Um beijo,
    Jorge

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  3. Nossa... que lindo!!!
    Que blog gostoso de visitar. Não dá nem vontade de sair mais.
    Só energia boa!
    Valeu!!!
    Bjão
    Feliz 2010!!!

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  4. Na verdade amigo (a), eu, como você, que é porta launica lamuerte nos trazer ao nosso criador e criador de todas as coisas (incluindo o mal a ser o criador supremo de Deus) Eu amei-a, você deve colocar um tradutor.

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  5. Parabéns pelo seu espaço.É maravilhoso!
    Uma semana de muita luz para você.

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  6. Prazer, adorei te ler...é um belo conto gostoso de se lido e seu blog é fofo cheio de poesia em cada cantinho, vai ser um prazer segui-la.

    BeijooO

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  7. OI MARCIA SEU BLOG ALEM DE LINDO TEM UM EXCELENTE CONTÉUDO ESTAREI SEMPRE TE VISITANDO. BEIJOS CELINA

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  8. Márcia, o que posso dizer a você, que já não foi dito? Seu blog é uma delícia...seus posts lindos e interessantes...
    Só me resta agradecer...
    bj
    Sonia

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  9. O texto é um gesto de amor de quem o escreveu, e seu, que o compartilhou. Mais do que sua essência, peço permissão para levá-lo e, desta forma, dividí-lo ainda mais.

    Abraço terno.

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Obrigada por deixar seu comentário. Ele é muito especial para mim.