Saudades, Brasil

Ai... meu Deus.. que saudade da minha terra; Do meu Brasil, brasileiro, tempos bons… Tarde gostosa, vento batendo nos cabelos... andando em direcao ao por dos sol, ouvindo vozes de criancas, brincando, correndo... o cheiro do acarajé fritando e dos quitutes da baiana bonita vestida de branco, invadem meu nariz.

Tempo bom Brasil. Em meus sentimentos  continuarás varonil. Deitado eternamente em berço esplêndido, ao som do mar e à luz do céu profundo… Guardo as melhores lembrancas de ti.   Continuas lindo, mas as pessoas já nas sao as mesmas, andam apressadas, assustadas, desesperancadas... E eu aqui querendo sempre te ver como antes, vestido de verde esperanca, como quando ainda eras crianca... e embalava os meus sonhos.  Como alguém que guarda um bem precioso e pensa que vai encontrá-lo intocado eu te deixei, mas pensei que continuarias o mesmo;  pensei que a violencia nao te atingiria, que permanecerias tranquilo como o pôr do sol em Itapua, ingênuo como a crianca que outrora brincava de ser crianca e,  anos se passaram, mas como você mudou meu Brasil! A sua beleza continua a mesma generosa e convidativa, mas,  sinto que ja nao és mais o mesmo. Mas eu te amo Brasil e sequer posso ouvir suas músicas, meu peito aperta, o coracao acelera, a saudade dói e a melancolia invade minha alma; me faltam as suas tradicoes, o seu jeito moreno e faceiro. E como diz no verso de Goncalves Dias:

..Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.